Fraturas de Stress

 

Fraturas de Stress são fraturas que ocorrem devido a uma sobrecarga repetida no osso.

 

O osso tem uma capacidade de tolerar as forças que lhes são impostas. Se uma força tem intensidade muito alta e o osso não consegue tolerar, ele quebra. Nessa situação temos uma fratura num evento único, similar ao que ocorre num acidente, queda ou pancada forte. Porém, quando o osso consegue tolerar a sobrecarga, mas ela acontece muitas vezes seguidas não dando ao osso a chance de se recuperar, então temos a Fratura de Stress.

 

 

 

essa imagem contém somente fraturas agudas

 

 

 

Em geral, existem dois mecanismos pelos quais se inicia uma Fratura de Stress. O primeiro é pelo impacto que se distribui pelo osso (a cada vez que o pé toca o solo na corrida, por exemplo) ou que é sentido em um ponto dele. O segundo é pela ação de puxar que os músculos exercem no osso (o músculo está fixado no osso e, a cada contração, puxa o ponto onde está fixado). Conforme falamos, normalmente o osso tolera bem essa sobrecarga, mas em casos onde ela continua por muito tempo e/ou o osso não tem como se recuperar, se desenvolve a Fratura de Stress. Ocorrem microfraturas no osso que, se excessivas e/ou na falta de descanso, geram a lesão.

 

O principal sintoma de uma Fratura de Stress é a dor localizada que se inicia durante ou após o exercício, e que, caso o exercício não seja interrompido, se mantém ou se intensifica. Ou seja, o aquecimento do corpo não vai amenizar a dor da Fratura de Stress, como ocorre nas Tendinopatias de menor intensidade. A área em que ocorreu a fratura estará sensível ao toque, podendo haver inchaço no local.

 

Geralmente, o tratamento de uma Fratura de Stress envolve descanso, que basicamente significa evitar a atividade que desencadeou a lesão (por cerca de 6 semanas). Para certas fraturas, no entanto, tratamentos específicos como não apoiar o pé e/ou usar bota imobilizadora, ou mesmo colocação de fixação óssea, são necessários.

 

Em atletas, recomenda-se a realização de cross-training, ou seja, de atividades que não sobrecarreguem a região da fratura. Por exemplo, um atleta que teve uma Fratura de Stress na perna pode, por exemplo, realizar (com supervisão profissional) atividades de musculação para outras regiões do corpo, natação ou bicicleta estacionária. Isso serve para manter o atleta ativo, preservando seu condicionamento físico.

 

Alguns fatores predisponentes às Fraturas de Stress são:

. erros de treinamento esportivo: aumentar muito o volume de treinamento predispõe às Fraturas de Stress. Isso é observado, por exemplo, em corredores que aumentam sua distância de corrida semanal repentinamente. Pouco descanso entre as sessões de treinamento é outro erro.

. fraqueza muscular: indivíduos com músculos fracos não dissipam eficazmente a energia do impacto pelo corpo. Os músculos dividem parte do impacto, e se não são fortes a energia fica toda concentrada no osso. A fadiga muscular tem o mesmo efeito.

. sexo feminino: mulheres estão mais predispostas a desenvolverem Fraturas de Stress, especialmente se tiverem a “Tríade da Mulher Atleta” (combinação de alimentação inadequada, osteoporose e desordens menstruais).

. superfícies rígidas: a prática de atividades onde o piso é rígido favorece o surgimento de Fraturas de Stress.

. falta de condicionamento físico: uma pessoa com pouco condicionamento físico tem ossos relativamente mais frágeis do que se estivesse bem condicionada.

 

As Fraturas de Stress mais comuns ocorrem nos membros inferiores, ou seja, nos pés, pernas, coxa e bacia, mas determinados esportes apresentam incidência de lesões em membros superiores (por exemplo, nas costelas em remadores, no antebraço em esportes de raquete, dentre outros). 

 

 

 

 

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